Levei muito tempo para descobrir a delícia de tricotar com uma amiga. Nessa vida sempre estive em companhia dos homens ou sozinha. Cresci no campo, cercada de silêncio. Minha mãe (minha amiga) sempre foi uma mulher prática. Nunca a vi perder horas se arrumando, nem se permitindo luxos femininos. Maquiagem passou ao largo. Meus irmãos, homens, eram minhas melhores companhias, ou melhor, os amigos dos meus irmãos. Minhas lembranças solta no mato são de muita conversa interior, profunda comunhão com a natureza, ou brincadeiras de polícia e bandido no bosque, escaladas de árvores e morros, Mountain bike (quando isso nem existia de fato), montaria e jogo de futebol americano no campo da Coudelaria do Exército, que ficava vizinho à chácara. Sempre cercada de moleques, eu era boa de luta. Não porque fosse truculenta, mas porque, pequena e franzina, eu me dava o direito de fazer cócegas, dar umas mordidas ou puxões de cabelo. Muito justo já que não podia ganhar pela força brut...
Comentários
bjs
Beijoks
Karol, ficamos com saudades!
Marcelo, obrigada pela visita. Pinkareta é mesmo bem cor-de-rosa, porque é assim que eu gostaria de ver o mundo: mais leve, mais gostoso e mais romântico. Qualidades que eu quero aprimorar em mim mesma.
Flavia, foi mesmo para mim uma grande descoberta perceber que quando permitimos que sejamos ajudados, estamos possibilitando uma sensação de bem estar para quem nos ajuda. A tendência natural é recusar ajuda, ou sentir-se envergonhado por aceitar.