Automação, Internet das Coisas (IoT) e blockchain, e mais recentemente nos holofotes, a Inteligência artificial (IA), são algumas tecnologias disruptivas que estão mudando o mundo e, consequentemente, o mercado de trabalho. O lançamento do ChatGPT em novembro passado trouxe de volta uma discussão fervorosa, tanto de entusiastas, quanto de receosos, sobre avanços tecnológicos, propriedade intelectual, perigos socioeconômicos e políticos, incluindo o futuro dos empregos como nós os conhecemos. O impacto foi tanto que num documento com mais de 1300 signatários, incluindo Elon Musk, Steve Wozniak, Oxford, Cambridge, Stanford, Columbia, Google, Microsoft, Amazon e até o historiador Yuval Noah Harari pediram suspensão das pesquisas das poderosas ferramentas de IA a fim de mitigar os riscos. Entre outras coisas, o documento pedia que os laboratórios de IA e especialistas independentes deveriam desenvolver e implementar coletivamente um conjunto de protocolos de segurança compartilhado
Sempre me surpreendo quando leio críticas ao sistema de ensino superior alegando que as universidades não estão preparando adequadamente os jovens para o mercado de trabalho. Não sou especialista em educação, mas penso que o mercado é tão dinâmico que as universidades não podem acompanhar, mesmo que desejem. Até bem pouco tempo uma indústria precisava 200 profissionais de nível médio para 20 gestores especializados. Isso ainda é verdade, mas as demandas da indústria e serviços 4.0 estão mudando isso muito rapidamente. Nesse processo acelerado de transição, estamos responsabilizando as instituições de ensino superior (IES) por não entregar um profissional compatível com as demandas, mas talvez não devêssemos. Formações técnicas e certificações em geral dão conta da grande massa de trabalhadores que as empresas precisam e, a meu ver, elas devem mesmo montar suas próprias plataformas de treinamento com o intuito de atender suas especificidades e estratégias, ou fazer parceria com instit