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BRASIL 2023


Quando falamos de falta de oportunidades de trabalho, desemprego em alta, crise financeira, parece que nosso querido país nunca soube o que é prosperidade. A única imagem de que me recordo de um país cheio de esperanças estava impressa na capa icônica do Cristo Redentor decolando, na revista The Economist de 2009, e há quem garante que nem aquilo foi verdadeiro. Depois disso, nada mais vi para exaltar o Brasil aqui dentro, ou lá fora. Chega a ser desesperador pensar que um país com tanta riqueza a construir e compartilhar siga sua jornada histórica não cumprindo uma meta básica como garantir a comida na mesa de todos os brasileiros. O prato vazio é o triste retrato do nosso país em 2022!

Num país de tantas desigualdades, dados estatísticos como o crescimento do PIB não deveriam servir para retratar realidade de cada cidadão, nem mesmo da maioria. Se a riqueza, oportunidades e realização pessoal não for para todos, o país continua sendo um país medíocre. Para isso, precisamos de pessoas capazes que exercer liderança política com sabedoria e preparar o país para a sociedade 4.0. Ou seja, não basta nem que nos coloque nos trilhos político, social e econômico.  Desenvolvimento nacional precisa urgentemente incluir avanços  como  Inteligência Artificial, Robótica, a IoT (Internet of things), Machine Learning, e conceitos como ESG, ODS e Economia Circular em todos os segmentos da indústria e serviços. Principalmente se considerarmos que as nações mais prósperas já estão falando em Sociedade 5.0, que pode ser definida com uma Smart Society, onde progresso tecnológico e econômico está totalmente integrado a uma sociedade centrada no ser humano e na sua relação sustentável com o meio ambiente. Estamos tão atrasados que haja raça, coragem e planejamento!

  Se o Brasil realmente desse seu salto rumo ao desenvolvimento iria precisar de cada mão de obra disponível no país, de jovens inexperientes ao pessoal de meia idade aposentado ou não. Haveríamos de empregar todo mundo e correr atrás do aprimoramento pessoal para dar conta das demandas prementes. É pedir muito de um país sentado na abundância de matérias primas e fontes energéticas?

 O desenvolvimento é uma decisão política. Depende apenas de visão, capacidade de dialogar e boa vontade. O governante que não for capaz de entregar nem isso não serve para o Brasil.

 Para finalizar... Uma reflexão do sergipano Carlos Ayres de Britto, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, numa postagem recente no twitter: “Estadista é quem tudo faz para elevar a população a povo, populista é quem tudo faz pra reduzir a população a massa.”


crédito imagem: Felipe 95C Pixabay

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